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quinta-feira, 14 de julho de 2011

A voz da inspiração

O silêncio da madrugada
Que aflora a inquietação no meu peito,
Não cala a voz sussurrada
Que atormenta meu leito.

Voz maldita (abençoada?)
Soprando palavras que escrevo,
Com a visão semi-apagada
E o coração bem aceso.

Ó silêncio da madrugada!
Por que faz isso comigo?
Só posso sonhar acordado
E não descanso dormindo.

E essa voz que não cala?


É a voz da inspiração!

Companheira noturna
Do prisioneiro do dia
Que vaga pela rua
Em sua vida vazia.


Prisioneiro da razão
Que foge da poesia

Que oculta o coração ao sol
Mas é obrigado a revelá-lo à lua.

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