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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ao meu amor, a Solidão

Que mais poderia eu querer
Além de infinita paciência, e atenção
Dos vários e longos momentos
Que ainda gélidos
Me abrigaram os teus braços.
 

E me deram todo o teu calor
Nas noites mais frias,
Me sustentaram sem reclamar

Em dias de intensa dor.

Me aceitaste com alegria
Da maneira como eu sou
Sinto-me o mais perfeito ao seu lado,
E sem motivos para mudar
Estacionei na esquina do nosso amor.

E nesse amor transito livre
Pra falar e seguir
O que minha vontade mandar
Sem regras, tabus, ou qualquer outra coisa pra me coibir.
Do que posso reclamar?
Se todos querem um amor assim.

Entre nós apenas um segredo
Te escrevo agora pra revelar
Uma inexplicável dor no peito,
Que não posso mais suportar,
Me seguira até aqui
Desde quando o nosso amor nascera.

Preciso dizer
Que se estou com você
O meu coração chora.
Não julgue como ingratidão
Mas eu trocaria todo o teu carinho
Por um abraço quente, agora.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Feche os olhos e veja

Abra os olhos para enxergar
Mas saiba fechá-los para compreender que
A verdadeira beleza está implícita
Não na perfeição dos lábios
Mas na ternura das palavras que deles exalem,
Não na perfeição das mãos
Mas na profundeza de seus carinhos,
Não na perfeição dos olhos
Mas na sinceridade que eles transmitem
E que perfeição é apenas um padrão
A nos excluir de um conjunto vazio.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Hoje, aqui não é o meu lugar

Há dias em que acredito não ser gente,
Hoje mesmo não sou.
Rodeado por seres da minha espécie
Estou só
Cercado por bio-psico-emocional-sócio-alienígenas.
É difícil estar abstraído em um “bando” de... Gente
E sentir-se diferente
Indiferente às razões da maioria
Que é gente, como deveria eu ser.
Mas hoje não sou
Ao menos não me sinto
Você pode até achar que brinco
Mas se uma nave agora aqui aparecer
Eu vou...
Ao meu planeta voltar
Pois é vão o esforço de admitir-me, gente
Embora eu muito tente
Hoje, aqui não é o meu lugar.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A voz da inspiração

O silêncio da madrugada
Que aflora a inquietação no meu peito,
Não cala a voz sussurrada
Que atormenta meu leito.

Voz maldita (abençoada?)
Soprando palavras que escrevo,
Com a visão semi-apagada
E o coração bem aceso.

Ó silêncio da madrugada!
Por que faz isso comigo?
Só posso sonhar acordado
E não descanso dormindo.

E essa voz que não cala?


É a voz da inspiração!

Companheira noturna
Do prisioneiro do dia
Que vaga pela rua
Em sua vida vazia.


Prisioneiro da razão
Que foge da poesia

Que oculta o coração ao sol
Mas é obrigado a revelá-lo à lua.